Corte de juros nos EUA e acordo comercial aliviam tensões
No Brasil, os dados do mercado de trabalho seguem mostrando resiliência
No Brasil, os dados do mercado de trabalho seguem mostrando resiliência - Foto: Pixabay
O cenário internacional foi marcado por decisões e acordos de grande impacto econômico. De acordo com o Rabobank, o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) reduziu a taxa de juros dos fundos federais em 25 pontos-base, para o intervalo de 3,75% a 4,00%, conforme esperado. O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, contudo, afirmou que um novo corte em dezembro é incerto. No campo geopolítico, os presidentes dos Estados Unidos e da China firmaram uma trégua comercial de um ano, com ajustes tarifários e retomada gradual das trocas entre os dois países.
No Brasil, os dados do mercado de trabalho seguem mostrando resiliência, mesmo diante do ambiente externo volátil. O Rabobank observa que a incerteza geopolítica e tarifária aumentou, enquanto o real teve leve valorização semanal de 0,18%, encerrando a última semana cotado a R$ 5,3795 — oitavo melhor desempenho entre 24 moedas emergentes. A instituição projeta que o dólar encerre 2025 em torno de R$ 5,55, sustentado pelo diferencial de juros entre o Brasil e os Estados Unidos e pela tendência de enfraquecimento do dólar globalmente.
No campo doméstico, o IGP-M voltou a registrar queda em outubro, recuando 0,36% no mês, pressionado principalmente pelas commodities agrícolas, que ajudaram a derrubar o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA). Além disso, o resultado fiscal do Governo Central em setembro mostrou novo déficit, de R$ 14,5 bilhões, com receitas crescendo modestamente e despesas mantendo ritmo elevado. O setor público consolidado também permaneceu no vermelho, com déficit primário de R$ 17,5 bilhões e aumento da dívida bruta para 78,1% do PIB.